Para os especialistas em consumo, uma palavra ganhou protagonismo nos últimos tempos quando o assunto passa pelos movimentos de mercado: aceleração. Segundo a WGSN, empresa de previsão de tendências pertencente à Ascential, comportamentos que teriam força apenas daqui três ou quatro anos explodiram durante a pandemia, principalmente para garantir a sobrevivência dos negócios. “A crise sanitária fez com que grande parte dos setores tivessem que acelerar suas mudanças do dia para a noite”, explica Priscilla Seripieri, expert na área de novos negócios e Project Operation da empresa.
De acordo com dados da consultoria, estima-se um crescimento de 4% na economia mundial em 2021, uma taxa 5% menor do que as previsões pré-pandemia. Em um cenário de crise, é imprescindível ter uma resposta alinhada às frustrações dos compradores. Os cinco propulsores do consumidor neste momento são ansiedade financeira, preocupação com a saúde, síndrome da solidão, busca pela verdade e medos e inseguranças. Como reflexo, as marcas precisam gerar mais confiança e acolhimento.
É a partir desse sentimento que as tendências de consumo, nas mais diversas áreas, estão se moldando.
As mídias digitais, por exemplo, tornaram-se ferramentas essenciais para ajudar as empresas em uma abordagem mais íntima com o consumidor. As campanhas de marketing, em 2020, tiveram 57% a mais de impacto do que em 2019. A pesquisa ainda revela uma previsão de crescimento de 10,2% nos investimentos em anúncios em 2021. Muito além do marketing, o mundo online também teve grande destaque com o e-commerce, que cresceu 32,3% em 2020 e passou a representar 27,7% do total de vendas no Brasil, segundo a WGSN.
O aumento das vendas online também influenciou a aceleração de outras tendências, como a cadeia de suprimentos e a logística. Atualmente, já encontramos empresas que realizam entregas em uma velocidade recorde. Esperar uma semana inteira por um produto não combina com o nosso mundo digital. No mais, o uso da tecnologia para tornar o e-commerce mais interativo e pessoal também é um movimento muito explorado pelas marcas. A internet é o novo ponto de venda e, como tal, precisa receber um investimento expressivo.
As tendências de mercado atual não surgiram do nada. Na realidade, foram aceleradas pela necessidade. Para algumas empresas, o e-commerce já era uma realidade, o que fez com que a transição para um mundo completamente digital se tornasse mais fácil. No entanto, para o setor de alimentos e bebidas, por exemplo, foi necessária uma intensa reinvenção. Esse foi – e ainda é – o setor protagonista quando se trata de tendências de consumo. Com restaurantes e lanchonetes fechados, ele precisou mudar completamente.
Alimentos e Bebidas
Segundo a Galunion, consultoria especializada em alimentação que elaborou o “Food Trend Report 2021”, a preocupação com comidas saudáveis e a facilidade de ser atendido e descobrir novas culinárias pelo celular são duas fortes tendências.
A realidade é que nenhum segmento escapou ileso dos impactos da pandemia. O setor alimentício teve de lidar com a mudança brusca de comportamento dos consumidores no ano passado, o que moldou sua atuação em 2021. Segundo a pesquisa “Food Trend Report 2021”, desenvolvida pela Galunion, há cinco principais tendências no Brasil quando o assunto é alimentação: busca por opções saudáveis, estima pela comida feita em casa, necessidade de ajudar um movimento social, apreço pelo atendimento digital e atratividade pela descoberta de novas culinárias.
De acordo com o estudo, 75% dos consumidores brasileiros disseram priorizar a compra de comidas gostosas, frescas e que ajudem na imunidade. Por outro lado, também existe a busca por compensações aos impactos do isolamento social por meio do consumo de alimentos saborosos, que oferecem conforto emocional. Sendo assim, o setor ganhou força como um todo: segundo levantamento da Nielsen, empresa global em informação, pesquisa e análise de mercado, sobre o cenário nacional, 37,5% das categorias de alimentos perceberam incremento no ano passado – algo que tende a continuar em 2021.
Com o fechamento de restaurantes e lanchonetes – uma realidade ainda marcante diante do avanço da pandemia -, a compra pela internet também passou a ser uma necessidade. Na Kraft Heinz, por exemplo, companhia que detém marcas como a Heinz, houve um crescimento expressivo nas vendas de alimentos e bebidas pela internet no Brasil: um salto de 2,5% para 9% na comparação anual. Para suprir a demanda, que aumenta cada vez mais, as companhias tendem a investir tempo e dinheiro em tecnologias e aplicativos para acelerar o e-commerce.
Decoração e Construção Civil
Por conta da pandemia do novo coronavírus e do isolamento social, o ano de 2020 foi, entre outras questões, marcado por intervenções pequenas e reformas nos lares. Para 2021, segundo o “Relatório de Tópicos e Tendências de 2021”, publicado pelo Facebook IQ, braço de pesquisa da rede social homônima, a tendência é que essa procura por mudanças continue, mas com um foco em residências multifuncionais.
Este ano apresentará, de acordo com o estudo, uma intensificação no desejo de que as casas desempenhem mais funções, integrando escritório, residência, sala de aula e academia em um único local, adaptado para diversos usos. Por conta disso, segundo o levantamento, haverá uma maior procura por móveis específicos, que possam servir a esse fim multitarefa, levando maior mobilidade e mais dinamismo ao lar.
Moda
Outro setor que foi visivelmente impactado, foi o setor da moda. Longe do monocromático, a moda em 2021 passa por uma intensa busca por cores. Não à toa, a Pantone elegeu o amarelo claro como a cor do ano, definida como um tom “vibrante e suave, que nos acolhe com sua aura cálida e nutritiva, flutuando e reconfortando num ambiente em constante transformação”. Ideal para um isolamento social que parece não ter fim. No mais, o neon e as estampas tomam conta das listas de tendências para o ano.
Já quando se trata de tecidos e modelos, o conforto dita a moda de 2021. Materiais leves, como linho, conseguem oferecer elegância e elasticidade para que as pessoas fiquem arrumadas mesmo em casa. Moletons e agasalhos – que relembram os anos 1990 – também estão em alta.
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