Design thinking descreve processos, métodos e ferramentas para criar produtos, serviços, soluções e experiências centrados no ser humano. Implica estabelecer uma conexão pessoal com o cliente, para quem a solução está sendo desenvolvida. Os designers buscam um profundo entendimento das condições, situações e necessidades dos usuários.
Mas para os funcionários de longa data, acostumados a ouvir que devem ser racionais e pragmáticos, esses métodos podem parecer subjetivos e excessivamente pessoais, chegando a causar até certo desconforto ao serem aplicados. É claro que todas as empresas querem entender seu público alvo, mas a conexão que o design thinking propõe pode parecer desconfortável e emotiva.
Os desafios não terminam por aí. Outro aspecto potencialmente inquietante deste método é a sua confiança no pensamento divergente. O design thinking pede que os funcionários não se apressem para atingir à linha de chegada, ou convergir para determinada resposta o mais rápido possível, mas que ampliem o número de opções. Isso pode ser difícil para pessoas acostumadas a valorizar direções claras, já que pode parecer perda de tempo.
Como se tudo isso não fosse o suficiente, as abordagens do D.T (design thinking) exigem que os funcionários experimentem algo que sempre tentaram evitar: o fracasso. E repetidamente. A prototipagem e teste interativos envolvidos nesses métodos funcionam melhor quando produzem muitos resultados negativos, já que mostram o que não funciona. Porém, acumular resultados aparentemente insatisfatórios é desconfortável para a maioria das pessoas.
PORÉM, aguentar o desconforto que o D.T pode trazer VALE A PENA! Quando aplicado da maneira correta, ele pode resultar em novas e excelentes possibilidades de mudança, melhoria e inovação. A verdade é que os mesmos aspectos dos métodos do D.T que o tornam difícil de lidar são também a fonte de poder para a equipe da empresa.
Os funcionários não familiarizados com o design thinking (geralmente a maioria) precisam da orientação e do apoio dos líderes para passar por todas as fases dessa abordagem, canalizando de forma produtiva suas reações. E é aí que a liderança forte entra em jogo! É papel do líder levar sua equipe a obter sucesso nos projetos de design thinking, alavancando a empática, encorajando a divergência e navegando pela ambiguidade. E eu vou explicar, nos próximos posts, como você pode fazer cada uma dessas práticas na sua empresa.
HANDS ON.